Em cada nação, o exército tem papel diferente. De modo geral, países ditatoriais populosos e instáveis tendem a desenvolver grandes exércitos ofensivos. Isso ocorre porque o ditador de plantão percebe as vantagens de se apontar um inimigo externo para desviar a atenção da população. No Iraque de Sadam Hussein, por exemplo, o exército foi usado em pelo menos duas ocasiões para atacar os vizinhos (Irã e Kuwait). Isso permitiu à população esquecer temporariamente os problemas da miséria e concentração da renda do petróleo.
No caso de pequenas ditaduras com vizinhos poderosos, o exército é usado mais para defesa e controle da população. Em caso de insurreição, o ditador pode usar suas forças armadas para reprimir os rebeldes. Esse é o caso de diversas nações centro-africanas e asiáticas.
Nas democracias cercadas de ditaduras, a tendência é o desenvolvimento de um forte exército voltado para defesa de território e dissuasão dos inimigos. Para garantir a integridade territorial, esse tipo de País precisa investir pesadamente no exército de modo a manter uma constante superioridade militar sobre os vizinhos. O expoente mais claro dessa estratégia é o Estado de Israel.
Há também o caso das democracias com atuação e influência global, como os Estados Unidos. São investidas grandes somas na construção de um poder a nível mundial que possa apoiar os interesses estratégicos do País. Como sabemos, as forças armadas norte americanas têm desempenhado diversas funções de proteção dos cidadãos, bens e interesses dos EUA no mundo.
Por fim, existem os casos das democracias
O mesmo deveria ocorrer no caso do Brasil. Excetuando-se as forças expedicionárias, nossa última guerra, a do Paraguai, ocorreu a mais de 140 anos atrás, quando nos aliamos a Argentina e Uruguai para combater uma nação dezenas de vezes menor. Desde aquela época, o exército brasileiro nunca mais se viu numa situação em que o território estivesse realmente ameaçado. Mesmo com um pequeno exército, o risco de
Acreditamos que o exército brasileiro deve ser mantido no menor tamanho possível, de modo que o custo total seja baixo e os recursos possam ser concentrados no que realmente importa: vigiar as fronteiras. Para essa função, o ideal é ter cada vez menos gente e cada vez mais tecnologia de vigilância. É preciso reduzir bastante o tamanho e o contingente das forças armada e eliminar equipamentos caros como tanques, aviões de combate e navios pesados. Com essas mudanças será possível investir mais em tecnologia de comunicação, comprar equipamentos de vigilância, veículos e embarcações leves e pagar melhor os profissionais remanescentes. Mesmo assim, ainda será possível economizar recursos dos cofres públicos.
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