terça-feira, 11 de março de 2008

Desconstrução

No caso do Brasil, esse dreno seria a desconstrução do Estado. É preciso iniciar um processo profundo de eliminação do Estado em todas as atividades que hoje ele faz mas que poderiam ser repassadas à iniciativa privada. Se esse processo for bem-feito, o Brasil estará na prática drenando o pântano atual, reduzindo o espaço para o desperdício e para a corrupção e substituindo a ação ineficiente governamental pela competição inerente ao setor privado.

Um projeto como esse não deve ser feito, obviamente, da noite para o dia. Acelerar tais ações além do que a realidade atual aceita implicaria certamente caos social e econômico. A desconstrução do Estado deve ser feita de forma gradual e planejada, ao longo de muitos anos. É preciso concentrar a atenção nas atividades públicas mais fáceis de serem eliminadas, como as empresas estatais remanescentes, por exemplo, e deixar os serviços básicos essenciais para depois. O período de 10 a 15 anos, para se realizar a mudança completa, é o prazo mais otimista a que se pode chegar. Tampouco deve esse projeto ser estendido a toda e qualquer atividade pública. Não faz sentido falar em privatização da polícia, por exemplo. Essa é uma atividade intrínseca do poder público.

3 comentários:

Unknown disse...

Embora concorde com os argumentos, sugiro fortemente substituir o termo 'Desconstrução' por algo mais positivo, do tipo 'Reconstrução'.
Desconstrução tem cheiro de destruição e não é isso que queremos, certo?
Mario Henrique Simonsen teria dito que quão mais tangível for 'a coisa', mais deverá ser deixada aos cuidados da iniciativa privada e vice-versa. Assim, seria inconcebível 'Justiça ou Segurança Pública' sendo tocadas pela iniciativa privada. Por outro lado, aço, petróleo, etc, etc...

Unknown disse...

Embora concorde com os argumentos, sugiro fortemente substituir o termo 'Desconstrução' por algo mais positivo, do tipo 'Reconstrução'.
Desconstrução tem cheiro de destruição e não é isso que queremos, certo?
Mario Henrique Simonsen teria dito que quão mais tangível for 'a coisa', mais deverá ser deixada aos cuidados da iniciativa privada e vice-versa. Assim, seria inconcebível 'Justiça ou Segurança Pública' sendo tocadas pela iniciativa privada. Por outro lado, aço, petróleo, etc, etc...

vanessa caparroz disse...

Acredito que a privatização de determinados departamentos possa ser realmente positiva, desde que não sejam baseadas em concessões com valores "de pai para filho" ou anos e anos de carências, como ocorrido com a telefonia.