terça-feira, 11 de março de 2008

Os frutos

À medida que o Estado seria desconstruído, dentro de prazos e condições razoáveis, as contrapartidas seriam as reduções de impostos e o afrouxamento do laço que hoje sufoca a geração de riqueza no País. A cada atividade pública privatizada (ou em alguns casos extinta), a contrapartida seria a eliminação de alguma taxa, imposto, contribuição ou regulamentação que hoje atrapalham a geração de riqueza.

Quando um imposto é reduzido ou eliminado, cai o custo das empresas. Num sistema de competição, os preços caem e as pessoas passam a comprar mais, aumentando as vendas e gerando emprego. Isso forma um círculo virtuoso, em que mais emprego gera mais consumo e, as empresas, tendo sua riqueza liberada para investir (em vez de financiar o governo) conseguem acompanhar a demanda aumentando sua produção.

Se esse modelo for seguido com responsabilidade a longo prazo, sendo mantido de governo a governo e sem aventuras populistas pelo caminho, um longo período de crescimento estará à espera do Brasil. Um período de taxas sólidas de crescimento sustentável, acerto de contas públicas, mais estabilidade e confiança das pessoas que investem.

Parece ingênuo e sonhador? Esse resultado benéfico que mencionamos não é nada além do que já está ocorrendo hoje em países que seguiram essa linha econômica, como Chile e Irlanda. Este último país, por exemplo, era um dos mais pobres da Europa há 20 anos. Após profundas reformas econômicas, redução do tamanho do Estado e dos impostos, é a economia que mais cresce no velho continente e está rapidamente se tornando uma das mais ricas. Apesar de a população do país estar estagnada, o que normalmente dificulta o crescimento, a Irlanda tem apresentado índice de expansão econômica acima de 6% ao ano, mais do que o triplo da média da Europa Ocidental. O imposto de renda na Irlanda é de apenas 15%, contra 40% nos países estagnados da Europa.

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