A partir do Iluminismo, a maior parte da civilização ocidental aderiu às chamadas liberdades essenciais. Elas correspondem à idéia de que cada pessoa nasce com certos direitos inalienáveis e que ninguém, nem o governante mais poderoso, tem direito de interferir nelas. A liberdade de cada cidadão deve ser sempre a maior possível, desde que ela não interfira na liberdade de outras pessoas. Uma dessas liberdades é a econômica, o direito de uma pessoa perseguir prosperidade e riqueza. Qualquer um tem o direito de enriquecer até o limite de sua capacidade individual, as pessoas mais competentes e trabalhadoras têm o direito de ficarem mais ricas do que as incompetentes e preguiçosas. Não há
Outra liberdade é o direito à livre expressão. Qualquer pessoa pode dizer o que quiser a qualquer hora, sem ser importunada ou prejudicada por dizer isso. Essa liberdade, quando garantida de verdade a todos os cidadãos, é a mais poderosa arma contra a tirania. No momento em que a liberdade de expressão é ameaçada, seja por violência física seja por pressão financeira, começam a ruir as estruturas democráticas do País. As duas únicas exceções a esse princípio são a incitação direta à violência e a difamação. Um líder religioso não pode, por exemplo, convencer os fiéis a se explodirem em um ponto de ônibus, matando pessoas inocentes e depois esse líder se refugiar na liberdade de expressão para escapar do processo criminal. Tampouco pode uma pessoa espalhar boatos maldosos sobre um banco, levá-lo à falência e alegar a mesma defesa. Exceto nesses dois casos e em situações semelhantes, qualquer opinião deve estar livre para ser defendida, por mais politicamente incorreta que ela possa soar.
A liberdade de ir e vir é também, um princípio fundamental da civilização contemporânea. Ninguém pode ser mantido em lugar algum à força. Isso inclui o direito de emigrar ou de transitar livremente nos locais públicos. O mesmo ocorre com outras liberdades importantes, como a liberdade religiosa e de consciência. Ou seja, o primeiro e mais importante papel do Estado é garantir que todos os cidadãos possam gozar das liberdades fundamentais. Para isso ele se utiliza de leis e dos órgãos estatais. É uma pena que muitas vezes ocorre o inverso, quando o Estado utiliza seu poder físico e financeiro para suprimir as liberdades.
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